quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Florianópolis, diversas faces da ilha manezinha

A cidade de Florianópolis, 98% localizada em uma ilha, guarda uma diversidade de paisagens. O centro lembar uma capital praiana comum. Prédios, avenidas, um trânsito bastante intenso e tudo contornado pelo mar e montanhas verdes. No entorno do centro, a ilha é povoada por bairros e distritos com cara de interior, de vila de pescadores. Nesses cantinhos a tranquilidade prevalece.
Para chegar a esses locais o ideal é estar de carro, pois táxis e ônibus não são fáceis de conseguir e as distâncias são longas (de 15km a 40km em média). Estradinhas de pista estreitas e dupla, sem acostamento, levam até os comércios, casas e praias.
Obs.: Há diversas empresas que locam veículos perto do aeroporto. Eu aluguei um pela internet na Foco Automóveis. Eles me pegaram no aeroporto e me deixaram lá para pegar o voo de volta.
Obs.: A ocupação da cidade é diferente, formada por mutas ruazinhas estreitas, as vezes sem saídas. É preciso ter cuidado ao dirigir. Essas são caracterizadas como servidões, pois as casas foram sendo construídas sem acesso para a via principal e assim foi preciso abrir nos terrenos particulares acessos por servidão.

Um desafio para se conhecer Floripa é acertar a época do ano. Faz frio em boa parte do ano e no calor, chove. De todo modo, as paisagens são lindas e a gastronomia é um convite a parte! As cervejas artesanais também. Diversas cervejarias são encontradas pela cidade. Bares, restaurantes e mercados vendem cervejas artesanais.

 

No Mercado Público, por exemplo, é fácil encontrar diferentes chopps e cervejas artesanais, bem como pratos e pastéis maravilhosos! Os preços variam bastante de um bar para outro, vale a pena pesquisar. Durante a semana (de segunda a quarta principalmente) há promoções bem interessantes. A música ao vivo rola o dia todo, até as 22h, quando o mercado fecha. Um probleminha é o banheiro, que apesar de bem conservado e limpo, cobra uma taxa de R$1,00 (um real) para uso. No entorno dos bares os boxes oferecem peixes, frutos do mar, carnes e outros produtos.
O bar mais famoso é o Box 32. O chopp servido nele é maravilhoso e os pastéis só não são perfeitos devido ao preço.





A cidade se concentra no centro a oeste da ilha e é bacana planejar os passeios dando uma volta na ilha, partindo de onde estiver hospedado. Eu optei por me hospedar em uma região menos movimentada, na Barra da Lagoa. Depois que fui conhecendo a região, quero voltar e me hospedar em outras partes da ilha também! É cada cantinho delicioso, convidativo para uma estadia mais longa..... como foi a primeira vez que fui a Floripa para passear (fui duas vezes em congressos, quase bate e volta) foi tudo um pouco corrido, cada dia passei por mais de uma praia. Como choveu, fui também em busca dos roteiros gastronômicos. Placas indicam as ruas gastronômicas de cada região da ilha. Quadras de Food Trucks também são boas opções! O movimento Food Truck de Florianópolis me pareceu bastante organizado. Em diferentes bairros são encontradas áreas preparadas para receber os clientes e os trucks, com balcões de madeira e parte coberta, tudo bem decorado.

Começando a volta na ilha, optei por ir à parte norte, muito famosa por ser badalada. Primeiro parei em Canasvieiras. A praia é longa, bonita, mas estava muito cheia quando eu cheguei, pois estavam saindo os barcos caracterizados de Piratas e turistas, vendedores ambulantes e representantes do passeio dividiam o espaço. O passeio é todo temático, com apresentações de animadores, música, bar! O custo era de R$78,00 (setenta e oito reais) por pessoa. Não fui porque ameaçava chover. Para estacionar na região também é complicado. As ruas todas exigem o pagamento de faixa azul, ao preço médio de dois reais a hora. Também existem estacionamentos.



Jurerê é a praia mais chique! Repleta de boates, espaços pra shows, mansões que são alugadas para temporada. Apesar de toda essa estrutura, as belezas naturais não me chamaram muito a atenção.



Ao lado de Jurerê fica o Forte de São José da Ponta Grossa. Grande e imponente, tem arquitetura bonita e uma vista maravilhosa. Ao lado tem um restaurante com refeições a um bom preço.




Para almoçar escolhi ir à praia do Ingleses. Na beira da praia (com acesso pela rua ou pela areia), os restaurantes oferecem serviço de manobrista (o que é bom, pois não é fácil estacionar por lá), pratos variados e bebidas. Os preços variam bastante e dá pra encontrar refeições com preços justos (risoto de camarão para dois por R$52,90, pratos executivos por R$22,00, todos bem servidos). Eu optei por comer no Badejo e adorei.
Quando chuviscava, a praia estava vazia, mas assim que o sol surgiu, a praia ficou bem cheia.




Voltando para a barra parei na praia do Santinho, considerada uma das mais limpas do Brasil. Com menos estrutura, conta com um grande hotel e dois bares, ambos com preços justos.

A praia fica bem vazia, o que deixa a paisagem se destacar aos olhos.

A estrada passa também pelo Parque do Rio Vermelho, que possui uma área de camping e para estacionar motohome. O Parque fica junto à praia de Moçambique, quase deserta.



Depois de dar uma volta na parte norte, parti rumo ao sul da ilha. A primeira parada foi na praia do Campeche, que fica de frente a uma ilha que leva o mesmo nome e recebe passeios de barcos. A faixa de areia é longa e diferentes bares contornam a orla da praia. 


Começou a chover e a parada foi rápida a essa praia. De lá segui para a Pântano do Sul, que me chamou a atenção pela cor do mar azul mesmo em dia nublado. A vila é mais simples, de pescador e bem charmosa. A praia tem bares, sendo o mais famoso o do Arantes.




O bar do Arantes é famoso pelos milhares de bilhetes que decoram suas paredes. Camisas e bolsinhas decoradas por bilhetes são vendidas no bar, mas a cachaça 
e de graça! Os pastéis e o peixe frito com pirão são  os pratos mais conhecidos. Deixe seu bilhetinho por lá!

 

 


Partindo do Arantes, em um dia de chuva, a próxima parada foi outro restaurante, localizado na Via Gastronômica do Ribeirão da Ilha. Essa região é famosa pelas fazendas de ostras e charmosas casas com arquitetura portuguesa. Diversos restaurantes servem os mais diversos pratos com ostras. O Ostradamus chama a atenção por ter uma espécie de pier de vidro com mesas sobre o mar.




Na região Noroeste visitei outro reduto português, Santo Antônio de Lisboa. As ruas são lindas, com casinhas antigas, restaurantes com espaços agradáveis, uma praça com igrejinha, a faixa de areia, apesar de estreita, contorna a linda vista da ponte que liga a ilha ao continente. Um restaurante recomendado e que eu aprovei é o Chão Batido, que além de servir excelente comida, tem bom preço. Pertinho dele fica a cervejaria Sambaqui, que proporciona uma vista incrível do pôr do sol (que no verão ocorre por volta das oito da noite) ao sabor das suas cervejas artesanais. A arquitetura colorida do bar também chama a atenção. 

 

 

             
Seguindo mais em frente, fica a praia de Sambaqui. Também com faixa de areia longa e estreita, oferece pôr do sol maravilhoso.
 


Na região da Lagoa da Conceição são muitos os atrativos. A Avenida das Rendeiras e o Canto da Lagoa guardam diferentes restaurantes. A Costa da Lagoa, acessível por trilha (com cachoeira) ou barco (o trajeto dura em média quarenta minutos e custa quinze reais),  foi uma sugestão que recebi para um almoço, mas não fui em razão da chuva.
A praia da Joaquina fica próxima da Lagoa e suas dunas começa na Avenida Rendeiras. O Sandboard é praticado nas areias e o pôr do sol também é convidativo.


A praia da Joaquina é linda como as dunas! Um ponto ruim, é a necessidade de pagar por estacionamento no local. Já os pontos positivos são vários, tanto devido à estrutura quanto à paisagem.





Entre a Lagoa Da Conceição e a Barra da Lagoa ficam as praias Mole e da Galheta, ambas maravilhosas! A praia da Barra da Lagoa, contornada pelo Canal e pela Praia do Moçambique, é cheia de bares com preços excelentes, mas fica cheia nos dias de sol, então pra quem gosta de tranquilidade não é uma boa opção. De todo modo, a faixa de areia é longa e dá pra encontrar um cantinho agradável. Seguindo uma trilha após a ponte do canal ficam uma prainha menor e uma piscina natural formadas pelo mar e pedras. A caminha dura quinze minutos. 

 

 



Quanto a hospedagens na ilha, é possível encontrar todo de tipo, opções caras e baratas: hotel, pousada, apartamento, casa, camping, hostel, kitnet, etc. O ideal é definir primeiro em qual parte da ilha de hospedar, para então buscar a hospedagem que atende o seu gosto e o seu bolso. 
Eu recomendo com tranquilidade o local onde me hospedei na Barra da Lagoa. Aluguei uma kitnet no Residencial Julío e Carminha por um preço excelente, R$90,00 (noventa reais) a diária da kit net que conta com sala e cozinha americana bem equipadas (TV, sofá cama, geladeira, fogão a gás, misteira, liquidificador, bancada, cadeiras, ventilador, panelas e talheres), quarto grande (cama box de casal, armário, criados, ventilador) e banheiro espaçoso com box. As janelas são grandes permitindo excelente ventilação e todas possuem cortinas e black out. O prédio garante privacidade, tem garagem, uma ducha externa e área de serviço comum com máquina de lavar e varal. Há também opção com churrasqueira.
O contato é com Julio ou Carminha:  48 9612-4608 ou 48 3248-3961
http://www.residencialjulioecarminha.com.br/

Conhecer Florianópolis é mergulhar em uma diversidade de paisagens únicas! Encontre seu cantinho e conheça essa ilha maravilhosa!

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Ilha Grande - RJ. Praias, montanhas e cachoeiras

A Ilha Grande se localizada em Angra dos Reis, Rio de Janeiro. São encontrados para a travessia em Mangaratiba (ponto mais perto do Rio), Conceição de Jacareí (mais perto da ilha e tem como atravessar em apenas 20 minutos) e Angra dos Reis. Em todos esses locais os barcos saem mais de uma vez ao dia, mas em Conceição tem barcos de meia em meia hora. O preço médio da embarcação mais rápida é R$70,00 ida e volta. As mais lentas (com trajeto realizado em até uma hora e meia) custam em torno de R$15,00.
 


Para quem vai de carro, o ideal é deixá-lo em um estacionamento. São vários em todos os locais de onde partem embarcações, porém quem quiser arriscar, basta encontrar um lugar na rua mesmo. Os estacionamentos custam de R$15,00 a R$30,00 por dia.

Conceição de Jacareí:
 

A maior vila de Ilha Grande é a do Abraão. A maior parte dos barcos ligam o continente a essa vila e quem quiser ir para algum outro ponto da ilha precisa pegar outro transporte (lancha, taxio boat, etc). São diversas as agências que fazem traslados, mas os preços são sempre muito parecidos. No meio da semana os passeios tem custo baixo, de quinta feira em diante  os preços aumentam consideravelmente!
A praia de Abraão é bonita, mas fica com muitos barcos. Há diversos bares, com diferentes pratos e bebidas. Os preços são um pouco salgados. A garrafa de cerveja custa em média onze reais (Itaipava).

 




A vila tem acesso pela praia do Abraão. Existe os mais diversos tipos de comércios (lojas de artesanato, roupas, havaianas, mercados), restaurantes e hospedagens (camping, hostels, pousadas simples e mais luxuosas, casas para temporada). Consegui uma kit net por um preço bacana, R$90,00 o casal fora de temporada. A kit net tem ar condicionado, ventilador, cama casal, sofa cama solteiro, fogao, bancada, geladeira, talheres, pratos, copos, panelas, banheiro com box, televisão, roupa de cama e banho).
O contato da kit net é: (24) 99930-8861.
Para comer, os preços variam bastante. Uma opção legal pra refeição, mas sem luxo, são as quentinhas da mineira. Ela serve dois pratos diferentes todo dia, muito bem servidos e ao custo de R$20,00. O tempero dela é o melhor da ilha! A casa da mineira fica no caminho para a praia da feiticeira (poção, praia preta).

A noite a vila é um pouco parada. Tem uns poucos bares com música ao vivo, mas fecham cedo, mais ou menos meia noite. O Bardjeco é bem legal. Tem um preço massa e fica na esquina da praia e a igreja.
As baladas que vão até mais tarde costumam acontecer em dias intercalados. Um dia tem ritmos variados na boate, outro tem baladinha ao lado do hostel Che Lagarto e também rola um forrozinho na vila. O dia do forró foi o que eu mais gostei, não só por ser forrozeira, mas pelo ambiente bacana, uma casinha simples de nativo, aberta, os músicos tocam na varanda. A boate é toda fechoda! O outro bar é até bonito, rústico, na beira do mar, porém mais distante.

 

 



Apesar de haverem muitos passeios para seremm feitos de barco, algumas praias tem acesso fácil por terra. A de Abraãozinho é uma. Até ela a caminhada dura mais ou menos vinte minutos e passa-se por umas outras três praias. Em uma existe um bar simples, na da Julia tem um barzinho bacana e no Abraaozinho tem dois bares (carinhos, latão dez reais). Vale muito a pena!

 


Saindo da vila para o lado contrário de Abraãozinho também existem atrativos legais e que têm acesso tranquilo a pé. Logo no início da triha fica o poção (de água doce com pedronas). Ao lado do poção ficam as ruínas do Aqueduto. A partir do Aqueduto, seguindo reto chega-se até a cachoeira da Feiticeira (uma hora e meia de caminhada pesada, íngreme) e a praia de mesmo nome (mais 15min de caminhada). Para quem não quer voltar a pé, barcos levam da Feiticeira de volta para Abraão por vonte reais. A praia da Feiticeira tem alguns vendedores que servem cerveja, açaí e drinks. 

 

 

 

                                 


No Aqueduto, se virar a direita chega-se em cinco minutos às ruínas da prisão do Lazareto e à praia preta. A praia não tem nenhuma estrutura, mas bem gostosa, perto da vila e cheia de histórias!!! Na ilha, do outro, tem outra ruína de presidío, um que foi usado durante a ditadura Militar. Não fui até ele porque o mar estava pesado e os barcos não estavam indo até esse lado da ilha. Para os animados, dá pra ir caminhando (duas horas em média).

 

 



Dentre os passeios de barco, uma opção de baixo custo é ir para a praia de Lopes Mendes (R$30,00). Taxis boat levam também para passeios exclusivos escolhidos pelos turistas. Dentre os pacotes existem o volta a ilha, o meia volta e o ilhas paradisíacas. Os barcos costumam ter isopor com gelo e aceitam que as pessoas levam bebidas e comidas. A parada para almoço me disseram que era caríssima, mas não achei. Tava mais barato do que no Abraão.
Fui no meia volta a ilha e amei! Como comprei no meio da semana, paguei R$70,00. No final de semana custava mais de cem reais! Esse passeio leva às Lagoa Azul e Verde. Uma mais linda do que a outra!!!! Um senhor vende uma cocada na folha de bananeira maravilhosa (R$5,00) e uma torta de frango (R$7,00) na Lagoa Azul. Outro senhor vende bebidas e salgadinhos.

 






                            

Os demais pontos de parada variam um pouco entre as agências, mas são todos lindos! Caso vá repetir esse passeio, escolha um que pare em praias diferentes. O trajeto dura o dia inteiro!






Apesar de eu ter aproveitado ao máximo meus cinco dias em Ilha Grande, ainda falta muita coisa pra conhecer! Embarque nessa viagem encantadora e aproveite pra ir a mais cantinhos!!!!